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ModaLisboa: as tendências que ficam para a estação
Fique a par do que se viu (e guardou) da ModaLisboa deste ano.
Entregue ao conceito de Metaphysical, a ModaLisboa deste ano decorreu num espaço híbrido e juntou os mundos online e offline em torno de uma experiência conjunta, enquanto desconstruiu a moda para lá dos tradicionais desfiles em passerelle.
Ainda assim, os desfiles continuaram a ser o ponto alto do certame - a par, claro, de algumas escolhas de streetwear que mereceram destaque público ao longo de vários dias.
O que fica dos desfiles da ModaLisboa
De uma forma geral, confirma-se a tendência Y2K e percebe-se que muitos elementos dos anos 2000 nos vão acompanhar no próximo outono/inverno. Umas vezes com interpretações, outras em puro renascimento, o que outrora estava desatualizado é agora, e de novo, a tendência a seguir.
Cores
Primeiro, as cores. Mantendo-se a presença dos tradicionais tons de inverno - como o preto, o cinza, o vermelho e o azul -, há algumas inovações, quer ao nível da combinação de tons (como branco, prata e vermelho), quer ao nível das cores. Maior destaque para o azul pedra e o inesquecível trench coat laranja forte de Luís Buchinho.
Materiais
As matérias-primas querem-se cada vez mais simples e sintéticas, apenas com um tratamento básico que lhes confira textura, padrão ou recorte. Como não podia deixar de acontecer num regresso ao Y2K, a ganga e as malhas grossas viram-se um pouco por todo o lado.
Uma nota também para as alternativas aos botões, que vão sendo interpretadas de formas diferentes. Ilhoses, elásticos e até alfinetes de ama ajudam a ajustar a roupa ao corpo de uma forma menos convencional.
Formas
Viram-se na ModaLisboa formas muito volumosas, mangas em balão e puffer jackets. O volume é localizado e as silhuetas mantêm-se heterogéneas.
O que também se viu foram as cinturas descaídas e as calças largas (anos 2000, estão aí?), em contraste com os ombros largos, fitas e laçarotes.
Outros detalhes
Linhas retas, formas geométricas simples e jogos de contraste de cores foram também uma tendência na ModaLisboa deste ano, que ainda aliou o workwear ao sportswear para refletir uma sociedade onde a casa e o trabalho se fundem muitas vezes num só ambiente.
Finalmente, uma nota especial para o desfile de Nuno Gama, que criou uma verdadeira ode ao ser português. Além das peças inspiradas na tradição nacional, muitas t-shirts dos coordenados tinham um provocador estampado do Zé Povinho no seu célebre (e indelicado) gesto de braços.
A ModaLisboa e o mundo
De uma forma geral, o que se viu na ModaLisboa não contradiz as tendências que têm desfilado noutras passerelles internacionais. O estilo urbano, descontraído, e, claro, o retorno ao Y2K são uma aposta global e aberta a várias interpretações.